Hoje pedi aos meus alunos do 10º Ano, para comentarem a seguinte afirmação:
«Ser feliz é apreciar um momento de prazer ou de ausência de dor».
Foram unânimes num ponto: a felicidade é passageira, momentânea, feitas de instantes. Não tem um carácter absoluto nem se define como um estado contínuo, duradouro ou eterno.
Alguns descreveram a felicidade como:
«exprimir os nossos sentimentos e apreciar o presente»;
«estar bem consigo mesmo e com os outros»;
«encontrar um equilíbrio entre todas as coisas que nos rodeiam.
Consideraram também que a felicidade é relativa e subjectiva, «pois cada um tem a sua própria ideia de encarar este sentimento», «cada pessoa tem a sua maneira de ser feliz e os meios para atingir essa felicidade.»
No entanto, aquilo que procurava saber era se concordavam com a associação da felicidade ao prazer ou à ausência de dor. E se ter prazer ou ausência de dor é o bastante para nos sentirmos felizes.
Alguns afirmaram que sim, ter prazer na nossa vida é suficiente para sermos felizes.
Outros consideraram que isso não chega, mas que se não tivermos prazer ou se sentirmos dor isso provoca infelicidade.
E ainda uma outra resposta que me surpreendeu e que contradiz a anterior: «Felicidade não é necessariamente ausência de dor, porque alguém pode estar a sofrer e mesmo assim estar feliz. Quando uma mãe está em trabalho de parto, está certamente a sentir dor, mas pode contudo, estar imensamente feliz por estar a dar à luz.»
Um comentário:
Carla Sofia,
Seria interessante saber mais sobre a dissociação do prazer e da dor, uma vez que ela parece que pode existir como coisa independente do ter ou não prazer.
Parece que somos colocados perante uma evidencia, que na realidade aquilo que nos parece destruir nos pode dar a vida.
Qual a idéia do seu amigo em relação ao comentário do aluno, em relação ao parto.
Um abraço
João António
Postar um comentário